UBERABA E O PODER LEGISLATIVO - 1837 AOS DIAS ATUAIS


Francês, diplomado em medicina, veio para Uberaba, em 1853, como médico do Batalhão de Guardas Nacionais.
Homem erudito e orador fluente, por aqui, exerceu várias funções, auxiliando Fernando Vaz de Melo a fundar, em 1842, o primeiro estabelecimento de instrução secundária em Uberaba (atual Colégio Marista Diocesano). Em 1859, edificou um colégio para o ensino de português, latim, francês, geografia, aritmética, geometria e retórica (Rua Manoel Borges). Em 1862, participou da construção do Teatro São Luís e escreveu peças para serem ali representadas. Jornalista, iniciou a imprensa do Triângulo Mineiro e publicou, em 1874, o primeiro jornal de Uberaba e do Triângulo, nomeado de Eco do Sertão, O Uberabense, Monitor Uberabense, O Progresso e O Paranaíba. Além disso, assumiu os cargos de professor, médico, vereador, advogado e inspetor da instrução pública. Apoiou a construção da Santa Casa. Deu ao "Sertão da Farinha Podre" o nome de "Triângulo Mineiro" e, em 1875, desenvolveu a primeira campanha separatista, desejando anexar a região ao Estado de São Paulo. Ordenou-se em 1876 e, em seguida, foi nomeado vigário. Durante sua gestão, o município vivenciava:
A reanimação do comércio com a chegada de famílias ricas, uma vez que a guerra civil dificultou a vinda de algodão da Europa.
A promoção do alistamento de voluntários da Pátria para se incorporarem à Guarda Nacional, tendo em vista a organização do sistema de defesa militar diante da ameaça da invasão do Paraguai.
A invasão do território do Mato Grosso (atual Estado do Mato Grosso do Sul), pelas tropas do Paraguai, em 12 de fevereiro de 1865.
A criação de fundo de assistência para garantir o socorro aos soldados feridos em combate ocorre e anunciação da vitória brasileira na Batalha do Riachuelo, durante os conflitos da Guerra do Paraguai.
A divulgação da vitória brasileira na guerra do Paraguai e realização de festejos pela Câmara e Igreja Matriz, a fiscalização rigorosa sobre o comércio local, pois a abertura de novas empresas exigia a regularização da documentação junto à Prefeitura Municipal, a indicação de Hermógenes Cassimiro de Araújo, filho do Barão da Ponte Alta, para o cargo de administrador da Recebedoria de Ponte Alta[1] (1866).
O estabelecimento – pela Câmara – de critérios para o alinhamento das ruas, observados a partir das construções das casas, de forma a permitir o arruamento e a canalização de córregos e regos d’água.
A apresentação sem fardas e sem espadas dos recrutas mineiros aquartelados em Uberaba, provocando embaraços aos vereadores e alguma deserções.
A implementação do comércio de sal com o Mato Grosso, intensificando o trabalho dos condutores de carros de bois destinados àquele estado. (1867)

[1] Note-se a importância deste Porto para a economia local, devido à transferência da “rota salineira” de São João Del Rey, para a região de Uberaba. Ponte Alta era o caminho das tropas, vindas da estrada do Anhangüera, no Estado de São Paulo.

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