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Mostrando postagens de março, 2009

Escrava Maria Rita

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As análises sobre questões ligadas à escravidão podem ser feitas a partir dos processos criminais que envolviam senhores e escravos e pelos documentos do Cartório Criminal (Poder Judiciário) pertencentes ao acervo do Arquivo Público de Uberaba, datados de 1837 a 1888. Os embates entre dominantes e cativos foram violentos, desde a captura na África, passando pelos maus-tratos nos locais de vendas e nas senzalas, até os castigos, aplicados diante de outros escravos, servindo como exemplo. O processo criminal da escrava Maria Rita contra o seu senhor, Barão da Ponte Alta, foi transcrito e está à disposição para pesquisa. Em 1886, ao fugir, a escrava Maria Rita, procurou primeiramente, um padre que se dispôs – sem se comprometer – a escrever uma carta para o Barão. A carta foi entregue, porém não causou nenhum efeito. Depois foi até o delegado de polícia. Maria Rita, ao tentar escapar, demonstrava claramente não aceitar a condição de cativa e provava sua resistência e luta pela sua libe

UBERABA E O PODER LEGISLATIVO - 1837 AOS DIAS ATUAIS

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Político, administrador, engenheiro agrônomo, formado pelo Instituto Zootécnico de Uberaba, professor, jornalista e historiador. Observou e pesquisou com espírito científico como a região se desenvolvia. Suas obras históricas são, ainda hoje, importantes fontes de pesquisa sobre o município. Utilizava métodos pedagógicos próprios e, como jornalista, colaborou com vários jornais do interior e das capitais. Presidiu a Câmara e ocupou o cargo de Agente Executivo duas vezes. Em 1912, época em que substituiu Phillipe Ache, a Escola da Fazenda Modelo foi inaugurada. Solicitou empréstimo para executar um plano de desenvolvimento da cidade, mas por manobra política de Caldeira Júnior – um dos proprietários da empresa Força e Luz – foi impedido de realizá-lo. Reeleito, renunciou ao cargo por conta dessa manobra e foi substituído por Silvino, outro sócio da Força e Luz. Criou o “Club Separatista” com o objetivo de tornar o Triângulo um estado independente (1906). O movimento chamou a atenção do

APU e UFTM: o início de uma parceria

A convite da professora da graduação em História, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Sandra Mara Dantas, conversamos, na noite de sexta-feira, com uma turma do curso. Durante nossas falas, a turma se mostrou bastante interessada em ouvir o relato e as dicas de um profissional já formado em História e sobre a experiência com pesquisa a partir de documentos do acervo do Arquivo Público de Uberaba. Além disso, puderam conhecer - por meio de imagens - parte da equipe e as seções do APU e se surpreenderam com a riqueza desse acervo. Para Sandra, foi o início de uma parceria, já que há a possibilidade de que alguns questionamentos feitos pelos alunos, posteriormente, se transformem em objeto de pesquisa, desenvolvida com base na documentação sob poder e guarda do Arquivo. Para nós, foi um grande prazer estabelecer esse contato e mais será poder atendê-los. Obrigado, Professora Sandra, obrigado alunos! Esperamos por vocês no Arquivo! João Eurípedes de Araújo e Iara Fernandes

UBERABA E O PODER LEGISLATIVO - 1837 AOS DIAS ATUAIS

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O Engenheiro e sócio da empresa Força e Luz substituiu – por meio de eleição corrida em 1º de Abril de 1913 – Philippe Aché, após sua renúncia, em junho de 1912. Em sua gestão: -confecciona a planta da cidade (1913). -desapropria a Igreja do Rosário (1914). -proíbe o trânsito de carro de bois na cidade. Em 1913, inaugura-se o posto meteorológico e, em 1915, o prédio do Asilo Santo Antônio e funda-se a loja Notre Dame de Paris. A administração de Silvério José foi diferente de seu antecessor. Ele não considerava necessário que a Prefeitura encampasse uma usina geradora de eletricidade, mas reconhecia necessidade de organizar o fornecimento de água e o serviço de esgoto. Para viabilizar seus projetos, estabeleceu uma parceria com a iniciativa privada, captando recursos entre os empresários locais destinados a uma “Sociedade Anônima”. Conseguiu também, por meio da Câmara, (lei n.º 314, de 8 de abril de 1914), autorização para solicitar, ao governo estadual, recursos para executar melhoria