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MEMÓRIA, CULTURA, PESQUISA, PRESERVAÇÃO E ACESSO: O TRABALHO DOS ARQUIVISTAS

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Segundo a historiografia nacional, no dia 20 de outubro de 1823, foi criado o primeiro arquivo público brasileiro, legitimado pela Constituição de 25 de março de 1824 e apresentado à Constituinte pelo deputado Pedro de Araújo Lima, futuro Marquês de Olinda. De acordo com Vasconcelos [1] , “não houve, desde o início da promulgação da lei, uma instituição especial com o Título de Arquivo Público e os originais das leis, os decretos legislativos e atos do Poder Executivo continuaram sendo guardados e conservados nas secretarias de origem”. Somente 15 anos após a consagração na Constituição de 1824, o regulamento n° 2 de janeiro de 1838, no período de menoridade de D. Pedro II, estabeleceu o Arquivo Público, dentro do Ministério do Império, o atual Arquivo Nacional. A Lei 6.576 de 1978 e o Decreto 82590, também de 78, regulamentam a profissão de arquivista autorizando a exercê-la todos os diploma do s por meio de Curso Superior em Arquivologia, ou ainda, aqueles que, na época da pub...

Breve História das Primeiras Escolas de Uberaba

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Em 02 de março de 2010, Uberaba comemorou 190 anos de sua elevação à condição de Frequesia, fato que intensificou o desenvolvimento do povoado em todas as esferas, acelerou a sua ascenção à condição de Vila, em 22 de fevereiro de 1836, e, posteriormente, à Cidade, em 1856. Na instância escolar, segundo Coutinho [1] , por volta de 1815, Dona Eufrásia Gonçalves Pimenta fundou, no Arraial de Santo Antônio e São Sebastião da Farinha Podre, a primeira escola de instrução primária particular, onde as moças aprendiam a ler, a bordar e a fazer crivo, rendas e teçumes. Em 1820, já como Freguesia, a alfabetização das crianças, conforme as leis da época, ficou sob a responsabilidade dos padres. Em 1836, o Presidente da Província de Minas Gerais, Manoel Dias de Toledo, mandou baixar uma portaria para alugar um prédio onde seria instalada a primeira Escola Pública Provinçal,  que só começou a funcionar em 1838.  De acordo com Guimarães [2] , após a instalação dessa primeira escola públi...

Padre Ângelo Pozzani

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Padre Ângelo Pozzani nasceu em 29/09/1910, em Torri Del Bênaco (Itália). Em 1949, assumiu a Paróquia de Nossa Senhora da Abadia, permanecendo até 1978. Nesse período, desenvolveu ações para estimular a participação dos fiéis: sessão de filmes infantis (“Cineminha do Padre Ângelo”), grupo de teatro, ensino de música e implantação de um coral e de um time de futebol, que jogava em um campo, localizado no fundo da igreja. Além dessas ações, construiu as salas onde funciona a catequese, deu continuidade às reformas da Igreja e ampliou o templo, edificando as laterais e um grande santuário. Segundo Nabut (1983) “Padre Ângelo é considerado o Padre do Povo. Talvez sem o Padre Ângelo, a Festa d’Abadia em Uberaba já se teria resumido a uma simples e pacata novena. Ele deu alma à festa.” e, nas palavras do próprio Pozzani: A missão da igreja é salvar o homem todo, inteiro, único, inédito, irrepetível, real, concreto, histórico. A missão da Igreja é a de abrir os olhos para Deus, olhando os hom...

Sessenta e cinco anos de término da Segunda Guerra Mundial: a participação uberabense no maior conflito bélico do século XX

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            No dia 02 de setembro deste ano, fará sessenta e cinco anos do término da Segunda Grande Guerra Mundial. Apesar do avanço científico e tecnológico ocorrido nesse período, as perdas humanas, materiais e culturais desse conflito – incalculáveis e irreparáveis – ultrapassam qualquer benefício que a humanidade possa usufruir desse confronto. Em agosto de 1942, no governo autoritário de Getúlio Vargas, em pleno Estado Novo, o Brasil, único país latino-americano a participar do confronto, uniu-se aos ALIADOS e, declarou guerra ao EIXO: Alemanha, Itália e Japão. Cerca de 25 mil brasileiros lutaram na Itália. O apoio aos Aliados trouxe modernização militar, e industrialização ao país, além, de reforçar os laços com os Estados Unidos. No ano de 1943, foi organizada a Força Expedicionária Brasileira (FEB), destacamento militar que lutaria na Segunda Guerra, com o auxílio da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Marinha de Guerra do...

19 de agosto, Dia Mundial da Fotografia

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A palavra fotografia é de origem grega e pode ser interpretada como “desenhar com luz e contraste”. A primeira fotografia de que se tem notícia é de 1826, do francês Joseph Nicéphore Niépce. Louis Jacques Mande Daguerre inventou e patenteou o daguerreótipo [1] , sendo por isso considerado o pai da fotografia. As fotos produzidas por esse processo eram únicas e, embaladas em sofisticados estojos, emolduradas de dourado, ganhavam um caráter luxuoso, de joia. Dom Pedro II, apaixonado pela fotografia e fotógrafo amador, doou, à Biblioteca Nacional, quase 30.000 fotografias de seu acervo, coleção que recebeu o nome da Imperatriz Theresa Cristina. No Brasil, por volta de 1860, a utilização da técnica do carvão úmido, possibilitou a expansão de estúdios retratistas em várias cidades, popularizando a fotografia. Em Uberaba, José Severino Soares, o “Velho Severino”, premiado pelo Governo Imperial do Rio de Janeiro, na Exposição Nacional de Fotografias (1875), é um dos pioneiros da arte fo...

Dia Nacional do Patrimônio Histórico - 17 de agosto

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"A educação popular é o meio mais eficaz de assegurar a defesa do patrimônio histórico e artístico nacional". Rodrigo Melo Franco de Andrade Em 17 de agosto de 1898, nascia, em Belo Horizonte, o advogado, jornalista e escritor Rodrigo Melo Franco de Andrade (1898/1969), criador do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN , em 1937, e diretor da instituição durante mais de 30 anos. Durante as comemorações pelo centenário de seu nascimento, em 1998, o 17 de agosto foi instituído como o “Dia Nacional do Patrimônio Histórico”. Em Uberaba, são 28 bens tombados entre imóveis (Câmara Municipal, Palácio do Bispo, Cine Teatro Vera Cruz...); móveis (Anjos Tocheiros, locomotiva...); e imateriais (Banda do 4º Batalhão). De todos eles, a Igreja Santa Rita é o único tombado pelo IPHAN, no Triângulo Mineiro. No Arquivo Público há mais informações sobre os bens tombados. Visite-nos!

Roda de Conversa com prof. Dr. Carlos Rodrigues Brandão e Aguimar. “Pesquisa e educação: diálogos entre saberes acadêmicos e populares”

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Carlos Rodrigues Brandão, Doutor em Ciências Sociais, antropólogo, pesquisador, autor de mais de duas dezenas de livros, entre estudos e reflexões, veio a Uberaba – pela primeira vez – a convite do Arquivo Público de Uberaba para realizar um trabalho sobre Folia de Reis. Depois, ampliou seus contatos na cidade e desenvolveu, por aqui, muitas atividades acadêmicas, incluindo a pró-reitoria da Universidade de Uberaba (UNIUBE).  Nessa Roda, que contou com a participação de Cíntia Gomide e Marise Diniz, do Arquivo Público e cujo tema era os diálogos de saberes, especificamente o que o saber popular tem a dizer ao saber acadêmico, Brandão iniciou a conversa com a indagação: tudo tem que ser interpretado? Aguimar José Luiz, artesão convidado para participar do evento, afirmou não gostar de que as pessoas analisem suas obras, pois nem ele mesmo sabe de onde vêm as inspirações, que, muitas vezes, nem quer expor o que sente e que muitas pessoas, ONGs ou empresas lhe propõem parcerias, poré...

NOSSA SENHORA DA ABADIA - A PADROEIRA DE UBERABA

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A festa religiosa de Nossa Senhora da Abadia reflete a devoção popular a essa Santa, padroeira de Uberaba, e protetora do povo. A religiosidade do uberabense também se encontra expressa nessa manifestação fervorosa. O culto a Nossa Senhora da Abadia teve origem nas imediações da cidade de Braga, Portugal e remonta ao século XII. No século XVI, no início da expansão colonial portuguesa foi difundido nas regiões colonizadas. No Brasil, o culto aos santos é uma tradição trazida de Portugal. Segundo escritores uberabenses, a devoção popular a Nossa Senhora da Abadia iniciou-se, em Uberaba, em 1881 e perdura na contemporaneidade. Por intermédio do Capitão Eduardo José de Alvarenga Formiga e com o aval da Câmara Municipal, em 11 de agosto de 1881, foi concedida a licença para erigir a capela no Alto da Misericórdia. A primeira missa, em 15 de agosto do mesmo ano, foi celebrada pelo Cônego Santos, diante de um cruzeiro, levantado no local onde, futuramente, seria construída a cap...

Projeto Cultura e História do Meu Bairro

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Parte da equipe do Arquivo Público de Uberaba foi a Delta para acompanhar o desenvolvimento do Projeto Cultura e História do Meu Bairro e lá encontrou um grupo de aproximadamente 25 jovens, coordenado pelos professores: Carlos César (geografia), Jean (informática) Michel (artes) e Edson (música). Esses jovens, atuando como pesquisadores estão conseguindo produzir um rico material sobre a história da cidade, enfocando diferentes aspectos e imprimindo uma visão de totalidade ao trabalho. A equipe do APU conversou com os adolescentes e professores orientando sobre os meios de pesquisa que podem ser utilizados para contar a história da cidade. Eles colheram depoimentos e realizaram entrevistas com personagens do local, visitaram de ônibus lugares importantes apontados pelos adolescentes como: a usina, que emprega muita gente; a Igreja São Sebastião, onde tudo começou; as casas mais antigas, a rua de comércio, escolas, creche, cemitério, a ponte de Delta, símbolo da cidade, e o Rio Grande...

Agosto: mês de folclore

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Capoeira O canto e as palmas vinham do quintal da fazenda. Rodeados pelos companheiros de trabalho, os negros divertiam-se com a brincadeira trazida da Angola. Rabo de arraia, voo de morcego, tesoura, rasteira, cabeçada, pião, chibata, espada, balão: em todas os golpes, o espaço cortado pelos corpos brilhantes, um instante de leveza naquela vida de canseiras! Brincando, jogando, cantando, os negros também se preparavam para a fuga. Afrontavam tudo para cair na caa (mato) puera (que foi para). Fonte: Oficina de Capoeira – Oficinas de Arte - nov. dez/2000 - APU Professores e alunos, venham realizar suas pesquisas aqui no Arquivo! Nosso material disponível sobre folclore:  Livro: Folia de Reis de Carlos Pedroso, 2003. Livro: O triângulo nos oitocentos de Edelweis Teixeira. Livro: “Cafubira e vauranas” de Carlos Pedroso, 1998.Cadernos de folclore jan/93 publicação do APU e órgão informativo Trapizonga n°2, maio 1996, p.7 e Boletim do APU n° 9, fev. de 1998 – Li...