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Mostrando postagens de 2008

CATÁLOGO PARA ESTUDO DA ESCRAVIDÃO EM UBERABA

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João Eurípedes de Araújo, pesquisador e responsável pelo acervo fotográfico do Arquivo Público de Uberaba, participou do Encontro Regional de História de 2008, na Universidade Federal de Minas Gerais, abordando o tema “Escravidão”. A partir de suas experiências em trabalhar com a pesquisa em fontes primárias e utilizando a vasta documentação pertencente ao acervo do Arquivo Público, João mostrou aos participantes parte dos registros relacionados à escravidão. Além disso, falou sobre o teor desses documentos e de como eles revelam que as relações entre senhores e escravos, pautadas pela dominação, mesmo após a alforria, foram mantidas. Presentes no evento, vários historiadores e estudiosos do assunto, de várias regiões do Brasil, “...ficaram maravilhados e espantados com a riqueza e a quantidade de documentos, até então, para muitos, desconhecidos.”, afirma o hsitoriador. A boa notícia é que, em breve tudo isso estará disponível para pesquisadores de Minas e demais estados, por meio do

LANÇADO LIVRETO "20 DE NOVEMBRO DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA"

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No mês de novembro, geralmente, intensifica-se, no Arquivo Público de Uberaba, a procura por documentos relacionados à escravidão. A obra foi lançada, neste ano, no Dia Nacional da Consciência Negra, na sede do Arquivo Público, com a presença do secretário, diretoras de escolas e creches municipais e representantes do movimento negro. O cuidadoso texto do pesquisador e responsável pelo acervo fotográfico do Arquivo Público de Uberaba, João Eurípedes de Araújo, versa sobre diferentes aspectos relacionados ao tema, abordando desde os primórdios da escravidão de negros vindos da África, o tráfico transatlântico, os quilombos, a questão de titulação de terras para descendentes quilombolas e a presença desses grupos na região, até os registros sobre a vida de Zumbi dos Palmares. Além disso, o documento também enfoca a questão da resistência e o que se faz atualmente em relação à consciência negra. O Arquivo Público de Uberaba guarda e preserva riquíssimo acervo relacionado à escravidã

UBERABA E O PODER LEGISLATIVO - 1837 AOS DIAS ATUAIS

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Em sua gestão como Agente Executivo: - providencia uma matança de cães, devido ao grande número de pessoas vitimadas pela hidrofobia. - oferece isenção de impostos e terrenos gratuitos para as empresas interessadas em se instalarem na cidade (a primeira foi a indústria de fósforo). - regulamenta e dispõe tarifas para a condução de carros de praça e automóveis em trajeto que parte da Praça da Matriz (Rui Barbosa) até o prado de São Benedito (Praça de São Benedito). - transfere o Mercado Municipal para o local onde se encontra atualmente. De janeiro a julho de 1911, a prefeitura subvenciona uma escola de idiomas e, em 03 de maio do mesmo ano, iniciava-se a primeira Exposição Agropecuária. A circulação do jornal Correio Católico é interrompida. A praça situada no alto das Mercês recebe o nome de Praça Dom Eduardo. Iniciam-se as atividades da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, ligando Mato Grosso a São Paulo. Em 1912, o Colégio Diocesano começa a oferecer a seus estudantes o curso de Ag

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História dos Irmãos Maristas em Uberaba Pedro dos Reis Coutinho foi Irmão Marista na década de 1960, ex-professor de história no Ensino Médio do Colégio Marista Diocesano e atuou como pesquisador no Arquivo Público de Uberaba. Atualmente, ministra aulas de história no Ensino Médio e integra o Conselho de Patrimônio Histórico e Artístico de Uberaba (CONPHAU). De acordo com o livro de Coutinho, o Colégio Marista Diocesano foi fundado em 1899, obra de D. Eduardo, primeiro bispo da diocese de Uberaba, e desenvolveu-se por mérito dos Irmãos Maristas, uma congregação religiosa, criada pelo padre católico São Marcelino Champagnat, destinada à educação escolar e cristã de crianças, adolescentes e jovens, no mundo todo. Os religiosos o receberam em 1902, iniciaram as atividades em 1903 e as mantém até os dias de hoje. Destacam-se o capítulo II, no qual o autor conta, de maneira clara, a história de Uberaba e o capítulo III que apresenta a educação na cidade, no século XIX, fazendo referência a

UBERABA E O PODER LEGISLATIVO - 1837 AOS DIAS ATUAIS

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Médico culto e conhecedor de várias regiões, viajou para Índia e fundou, em São Paulo, o Laboratório Ache. Como Agente Executivo: - encarregou o Dr. Hildebrando Pontes de levantar a estatística do município. - calçou a Rua do "Comércio" (Atual Artur Machado). - criou lei para regular construções e reconstruções. - construiu a Praça Comendador Quintino. - criou a Biblioteca Municipal Bernardo Guimarães (lei 231 de 08/04/1905), com acervo precioso e peças de museu. - incrementou a indústria pastoril. No ano de 1909, a Câmara propôs a fundação de uma escola prática de agricultura e a construção de um ginásio, porém – por influência dos setores religiosos e devido à concorrência com o Colégio Diocesano – não houve aprovação. Em 1908, a genealogia e o registro geral das diversas raças de animais do município são estabelecidos, a penitenciária (atual UFTM) é construída e instala-se na cidade o 4° Batalhão de Polícia, o serviço de esgoto e a rede telefônica. Em 1909, inaugu

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A BATALHA DE DELTA Paulo Fernando Silveira é membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro, advogado e professor universitário. Exerceu o cargo de Juiz Federal e desenvolveu estudos e trabalhos nos EUA e na Europa. O autor abre o livro informando ao leitor que a obra é baseada em fatos reais e que o nome das pessoas citadas são verdadeiros, embora tenha a característica de trazer ao público uma visão mais concreta e particularizada, uma abordagem mais viva dos personagens, evitando fragmentar o fato histórico. Nas palavras do próprio autor “...o livro versa sobre as batalhas travadas entre as forças legalistas (os paulistas) contra os rebeldes (os mineiros), visando à tomada da ponte de Igarapava, como era conhecida por eles. Para os mineiros, tratava-se da ponte de Delta. (...) A narrativa enfoca a visão dos principais comandantes e líderes militares envolvidos no engajamento bélico, o qual foi documentado em telegramas, radiogramas e jornais da época. Livros e artigos de ilustres

UBERABA E O PODER LEGISLATIVO - DE 1873 AOS DIAS ATUAIS

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Era advogado. Durante sua gestão, inauguraram-se a Igreja São Domingos e o Grupo Escolar Brasil e os fazendeiros se posicionaram contra a criação do imposto territorial, fundando o "Clube da Lavoura e Comércio" transformado, posteriormente, em poderosa organização política, responsável pela publicação do Jornal Lavoura e Comércio – defensor dos interesses da classe – dirigido por Garcia, até 1903. Nessa época havia dois partidos políticos: Partido Republicano Municipal (Pachola) e o Partido Republicano Mineiro (Arara) e os paulistas desencadearam uma campanha contra o zebu. Ao ser eleito deputado federal, transferiu-se para o Rio de Janeiro.

DOCES RÉPTEIS

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Que os dinossauros foram extintos há milhões de anos, não é novidade para nenhum vivente deste mundo. O curioso é a presença quase viva desses “milionários” bichões. Nunca deixaram de ser pesquisados pela ciência e, explorados pela mídia, foram reinventados no cinema e estampam camisetas, lancheiras e mochilas escolares, histórias em quadrinhos e portas de geladeira. Uberaba, terra cheia de acontecimentos que lhe permitem fazer bonita figura perante o mundo, veste-se de cerrado, refresca-se nas cachoeiras, capricha no tratamento dado ao gado zebu e tem sua “Terra dos Dinossauros”. É... O precioso pedaço tem nome e sobrenome e corre à boca pequena que será transformado, pela UNESCO, em patrimônio da humanidade. Frederico Peiró saiu de Linares (Espanha), quase no final do século XIX. Por volta de 1895, já morava em uma região próxima 20 km de Uberaba, conhecida como Estação Paineiras [1] e administrava uma fábrica de cal. Meia dúzia de anos mais tarde, fundou a própria empresa e prosper

UBERABA E O PODER LEGISLATIVO - 1837 AOS DIAS ATUAIS

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Uberabense, nascido em 1859. Fundou, em 1881, a Joalheria Mineira e foi eleito agente executivo, após a cassação de Anthero Ferreira da Rocha. Era membro do Partido Republicano Mineiro (PRM), governista, professor normalista vitalício da segunda escola pública de instrução primária do sexo masculino e integrante da mesa administrativa da Santa Casa. - Realizou melhoramentos no Teatro São Luiz. - Ofereceu ao governo do Estado o prédio do Instituto Zootécnico e dez alqueires de terra para a fundação de uma fazenda modelo. - Construiu com recursos próprios o prédio da escola situada à Rua Vigário Silva, entre as Ruas da Ladeira e São Miguel. Em 1903 inaugura-se o Colégio Marista Diocesano e o serviço de força e luz. Devido ao surto de febre amarela, a Câmara propõe ações para desinfecção. As irmãs dominicanas passam a realizar seus estudos em Uberaba, no Colégio Nossa Senhora das Dores. O Batalhão de Polícia é transferido para Belo Horizonte. Em 1905, as funções de presidente da Câmara e

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ESTRADEIRO PARA ONDE VAI O HOMEM? Juvenal Arduini nasceu em 1918. Ingressou no Seminário aos 13 anos. Cursou Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte e foi ordenado padre por Dom Alexandre, em 1942. Introduziu, em 1954, na Faculdade de Medicina, a Missa dos Universitários, que celebra até hoje. Além de escritor, foi professor universitário e atua junto aos enfermos, no Hospital São Domingos. O livro constitui-se de diversos textos, organizados por sessões, cujos conteúdos analisam filosoficamente as situações e os conflitos humanos. Na primeira sessão, Linguagem Social, no texto “Tarefeiros”, o autor reflete: A análise fenomenológica revela-nos que, estrutural e existencialmente, o homem é um ser participante. Não se conforma em ser apenas espectador dos acontecimentos. Sente-se diminuído quando é chamado a executar somente tarefas preestabelecidas. O homem não se realiza se tiver apenas que cumprir aquilo que lhe é proposto. Revela a necessidade radical de propor projetos pessoais. Ser

MACHADO E UBERABA

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No início de setembro, alunos da Escola Municipal Totonho de Morais, situada no Bojico, visitaram o Arquivo Público. Em atividades desenvolvidas nas aulas de literatura da professora Delcira Soares, estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental pesquisaram sobre Uberaba, na época em que Machado de Assis produzia suas obras. As turmas passaram uma manhã no APU, examinando livros de historiadores e memorialistas do século passado, publicações uberabenses da época, fotografias de Uberaba nas décadas de 1890 e 1900, documentos de compra e venda de escravo, atas da Câmara e manuscritos. De acordo com relato da professora: “Trabalhamos da seguinte forma: os alunos identificaram elementos das obras e da época em que viveu Machado de Assis nos materiais aí pesquisados; pelas fotos puderam comparar os vestuários, os meios de transporte, a ausência de saneamento, as construções, o paisagismo, etc.; pelos documentos escritos, puderam verificar fatos alusivos à escravidão, tipo de linguagem utilizada

UBERABA E O PODER LEGISLATIVO - 1837 AOS DIAS ATUAIS

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Nessa época, os cargos de presidente da Câmara e de agente executivo eram exercidos em separado, por dois vereadores. O nome de Anthero, não aparece nas atas da Câmara de 1901. Como agente executivo: - Construiu a ponte sobre o pavilhão da Mogyana. - Providenciou reparos no Theatro. - Autorizou a criação de uma escola na fazenda "Ponte Alta" e a construção de uma hospedaria para imigrantes. - Solicitou à Câmara que o agente executivo recebesse remuneração ou gratificação para exercer o cargo, alegando que o tempo gasto na função prejudicava o investimento em negócios particulares. A resposta da Câmara, em 07/05/1901, foi que a solicitação não fosse atendida, pois a lei rege a gratuidade da função. - Calçou ruas com paralelepípedos. - Definiu o perímetro urbano da cidade. A Lei Municipal n°122, cassa os poderes de Antero, alegando incapacidade moral, por pretender implementar arrojado plano de obras para os quais o município não tinha recursos. Ele entra com recurso e volta ao

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COISAS QUE ME CONTARAM CRÔNICAS QUE ESCREVI O livro de Jorge A. Nabut, cuja capa foi criação do arquiteto Demilton Dib, inicia-se com a história do Desemboque, “... o berço de nossa civilização triangulina” (p.5) e segue contando sobre o surgimento da aldeia e da cidade, as viagens de Saint-Hilaire, a estrada do Anhangüera e a luta contra os índios. Destaca a Rua Artur Machado, os cinemas, o comércio, a indústria, a música e os músicos: Rigoleto de Martino, Renato Frateschi, Loreto Conti e João Vilaça Júnior. Também relembra a vinda do Zebu, o caminho das Índias com João Martins Borges e os mascates e analisa os blocos arquitetônicos/ culturais de Uberaba, demarcando as épocas históricas (p29). Com textos em forma de crônica, Nabut questiona o “estado de desprezo e desleixo em relação à cultura”, parafraseando Francelino Pereira: que país é esse? Na p.11, encontramos: “A amnésia cultural tem sido um mal comum do país, criando um vácuo insolúvel e principalmente, irrecuperável dentro da

UBERABA E O PODER LEGISLATIVO - 1837 AOS DIAS ATUAIS

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Após a fase de implantação da República, os governos municipais e as Câmaras foram recompostos. A primeira Câmara eleita em Uberaba, tomou posse em 1892. Como agente executivo: - Autorizou a criação de uma escola rural na fazenda "Barreiro". - Regulou as concessões para edificação em terreno desocupado e definiu o perímetro da cidade. - Permitiu a colocação de placas nas ruas, praças e largos. - Propôs a criação da Biblioteca Pública, - Reparou o Teatro e a Igreja Santa Rita, ambos em péssimas condições. - Solicitou a verificação do desempenho do administrador do mercado, suspeito de se servir do cargo para monopolizar o preço, causando prejuízos para o pequeno comércio. Durante sua gestão, foi inaugurado o Hospital Santa Casa de Misericórdia (1898), fundado o Clube da Lavoura e Comércio de Uberaba e o Jornal Lavoura e Comércio (1899), [...] para cooperar na grande campanha que se fazia em todo estado contra o governo de Silviano Brandão que, para recuperar os grandes gastos

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TERRA MADRASTA Orlando Ferreira, era filho do negociante Bento José Ferreira e nasceu em 1887, em Uberaba. Foi seminarista, recenseador, escritor e crítico ferrenho dos maus políticos, da igreja católica e de algumas famílias tradicionais da cidade. Faleceu 1957, aos setenta anos. O livro Terra Madrasta (1928?), tece críticas à política mineira, afirmando que ela é a responsável pelo atraso do estado e exemplifica, com dados dos recenseamentos de 1872, no qual a população mineira era maior que a paulista, e de 1920, quando São Paulo já alcançava Minas em número de habitantes. Critica também o governo político de Uberaba, qualificada como “...uma obra de liliputianos." [1] e afirma que as forças oponentes ao progresso do município são: a administração, a política, o clero, a empresa Força e Luz e algumas famílias tradicionais. Afirma que, embora houvesse na cidade uma razoável arrecadação – mostrada por meio de quadros estatísticos da receita e da despesa, de 1836 a 1925 – ela nã

UBERABA E O PODER LEGISLATIVO - 1837 AOS DIAS ATUAIS

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Nascido em Congonhas de Sabará em 1825, formou-se professor e veio lecionar em Uberaba. Também foi agrimensor, vereador e deputado mineiro. Em 1889, ao ser proclamada a República, assume a presidência da Câmara Municipal. Renunciou ao cargo, retornando em seguida. Colaborou com os jornais Gazeta de Uberaba e Correio Mercantil (Rio de Janeiro). Em janeiro de 1890, o governo do Estado dissolveu a Câmara e criou um Conselho de Intendência, devido à Proclamação da República. Era o período de transição entre monarquia e república e os governantes dos municípios mineiros seriam escolhidos por um conselho de políticos filiados a um partido local. Surgiu assim, o partido União Política, sob a presidência de Wenceslau. Os representantes desse partido formavam o conselho que o aclamaram intendente municipal. Durante seus mandatos: - O Instituto Zootécnico de Uberaba foi criado, em 1892. - Criou uma escola mista municipal no bairro Estados Unidos. - Angariou verbas para a construção de uma cadeia
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MEMÓRIA Desemboque - década de 1980 Recuperar o passado é uma primeira garantia de um sentido para o presente. Ao recorrermos a memória dos relatos e testemunhos das épocas passadas, estamos transformando essas narrativas em história, fazendo com que um amontoado de fatos ganhe sentido. O narrador histórico é aquele que procura o sentido das ações humanas e encontra nelas uma conexão com os acontecimentos que se precipitam no presente. Trecho retirado de: TELES, Edson < http://www.urutagua.uem.br//03teles.htm >. Acessado em 8/9/2008 “A cidade é assim, como um murmúrio de vozes diversas”. “A vida de uma cidade se dá a ler em suas ruas, suas praças, suas casas, edifícios... Ela está impressa em cada um desses lugares”. “[...] a cidade que se lê nunca é única, mas sim múltipla, varia. Sobreposições de épocas diversas, e de leituras e significações variadas dadas pelos atores incontáveis que a atravessam, que fazem dela o seu cenário”. Praça Rui Barbosa - década de 1980 “A cidade d

UBERABA E O PODER LEGISLATIVO - 1837 AOS DIAS ATUAIS

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Último governo de Uberaba no regime Imperial [1] . Com o aumento rápido da população da cidade, incrementou-se a construção civil. A principal preocupação da Câmara dos Vereadores dessa época era evitar a construção de residências sobre as nascentes de água que abasteciam a população, ou em ruas de passagem para boiadeiros e tropas rumo a outros estados. A Câmara consegue autorização do Governo Provincial para que os presidiários trabalhassem na reforma e construção das ruas da cidade. Durante sua gestão: - foram inaugurados a Estação da Companhia Mogiana de Estrada de Ferro e o telégrafo. - o touro Lontra, exemplar zebuíno, foi trazido a Uberaba. - o Paço Municipal foi reconstruído, a Câmara emancipou São Pedro de Uberabinha (Uberlândia), a Rua do Comércio, hoje Artur Machado, foi estendida, até o local onde seria construída a Estação da Mogiana. (1888) - a escravatura foi abolida e o governo municipal exigiu que os fazendeiros cumprissem a lei. - a Rua do Comércio teve seu nome mudad

O DESEMBOQUE E SEUS MUITOS FILHOS

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“O chapadão termina. Começam os vales, colinas, morros e riachos que circundam o Desemboque, nosso berço civilizatório. Esta era nossa primeira vez. Talvez por isso, a sensação de uma aventura no tempo fosse maior. Ao chegarmos fomos recebidos pelo silêncio. Desemboque parecia dormir embora meio-dia fosse. (...) Gente havia. As igrejas Nossa Senhora do Rosário e Nossa Senhora do Desterro insistiam incólumes, ostentando o peso de dois séculos...” Quando meu irmão, o jornalista Heitor Átila Fernandes, escreveu essa minicrônica, eu ainda não atinava muito para o conhecimento histórico e a conservação. De lá pra cá, passaram-se oito anos e, considerando que já se prevê por aí que a capacidade de informação vai se multiplicar a cada setenta e duas horas, a partir de 2011, creio estar um pouco atrasada e que, inversamente proporcional à velocidade da informação, é a velocidade da preservação. Desemboque, como afirmam alguns historiadores, espera pelo fim, nada mais. Quem acompanhou Desejo Pr

ICONOGRAFIA E A PRAÇA DA GAMELEIRA

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Em 1900, a árvore já era centenária e, em 1970, foi arrancada, abrindo uma enorme cratera, tapada com a construção de um palco e bancos em formato de arena, que ironicamente foi batizada de Praça da concha Acústica, que de acústica não tem nada, exceto quando havia eventos e o som eletrônico esgarçava os ouvidos dos moradores da redondeza. Ao ter a foto em mãos, fiquei a observar os detalhes que a compõem; os transeuntes, as pessoas sob a sua sombra, os casarios e uma satisfação acompanhada de lamúria apoderaram-se de mim. A satisfação pela preservação de fotos históricos no Arquivo Público, possibilitando estudos em disciplinas culturais a partir de fotos; história do design , história da arte, história da fotografia, sociologia. Esse estudo se chama iconografia, que é a leitura de imagens ou signos, com sentido significativo para determinadas culturas. A leitura crítica das imagens explora valores socioculturais e pode ser feita através da identificação, descrição, classificaçã

UBERABA E O PODER LEGISLATIVO - DE 1837 AOS DIAS ATUAIS

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Durante sua gestão ocorre, pela Associação abolicionista, a edição das cartas de liberdade aos escravos. Pedro Floro era comerciante e, no final de seu mandato, em 1887, a região de Uberaba deixou de ser conhecida como Sertão da Farinha Podre devido à chegada da Companhia Mojiana e ao progresso que ela trouxe. Diversas estradas de rodagem ligando os povoados e os municípios foram construídas, a linha telegráfica atravessou a margem direita do Rio Grande, percorrendo a região, já conhecida como Triângulo Mineiro, chegando até o Paranaíba, numa distância de 400 quilômetros. Até os nomes de órgãos da imprensa, como os jornais Ecos do Sertão e O Paranaíba foram substituídos por O Triângulo. Nessa época, o Porto de Ponte Alta encurtava a distância entre o mercado consumidor de Mato Grosso (hoje, Mato Grosso do Sul) e a região produtora de São Paulo e Santos, pois a cidade funcionava como um “entreposto comercial” de gêneros alimentícios e outros produtos que aqui chegavam em carros de bois

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VILA DOS CONFINS O escritor Mário Palmério nasceu em Monte Carmelo em 1916, estudou em Uberaba e dedicou-se ao magistério. Em 1945, construiu o edifício do Colégio do Triângulo Mineiro e, em 1947, a Faculdade de Odontologia do Triângulo Mineiro, primeiro passo para a transformação de Uberaba em cidade universitária. No ano de 1956, publicou o romance Vila dos Confins e, em 1968, tornou-se membro da Academia Brasileira de Letras. A escritora Rachel de Queiroz, ao prefaciar a obra, ressalta que o livro traz aquele rio, aquela mata, aqueles bichos, aqueles caboclos, aquelas histórias da caça e pescaria, que parecem histórias de mentiroso, de tão saborosas. (30 – 10 – 1956). O romance caracteriza o cerrado, a criação do zebu, a caça, a pesca, os viajantes e o processo eleitoral no interior de Minas. Um dos personagens, Xixi Piriá, representa o mascate – recebido nas fazendas da região, na época – entregando tecidos, perfumes, relógio, recados, bilhetes... A maneira narrativa de Mario Pal

UBERABA E O PODER LEGISLATIVO - 1837 AOS DIAS ATUAIS

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Nasceu em Portugal, em 1824. Veio para Uberaba para trabalhar no comércio de sal. Em 1851, fundou uma farmácia. Morou na primeira residência da cidade, construída e habitada, anteriormente, por Major Eustáquio. Sobressaiu-se como advogado e suas cartas para o Jornal do Comércio (RJ), do qual foi correspondente efetivo desde 1861, divulgavam fatos da história do município para todo o Brasil. Elaborou, em 1855, auxiliado por Manoel Terra, o censo da vila de Uberaba, trabalho que serviu de base para o pedido de elevação da vila à cidade (Lei n° 759, de 2 de maio de 1856) e escreveu numerosos e valiosos trabalhos, registrando o histórico da povoação local desde os tempos primitivos. Trabalhou muito pelo Brasil, durante a Guerra do Paraguai e militava no Partido Liberal. Foi também diretor da Escola Normal. Durante sua gestão: - a Santa Casa de Misericórdia foi reformada. - todas ruas da cidade foram nomeadas e as casas numeradas. (1879) - manteve um observatório meteorológico. - decretou 1

UBERABA E O PODER LEGISLATIVO - 1837 AOS DIAS ATUAIS

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Na época de sua gestão, criou-se A Gazeta de Uberaba. Foi membro do senado mineiro e como agente executivo: - equilibrou a receita e a despesa, organizando o setor administrativo e financeiro da Prefeitura de Uberaba, a partir de um levantamento sobre a quantidade de residências, casas comerciais e atividades agrícolas, pastoris e industriais existentes. - abriu novas estradas e melhorou a estrada que liga Uberaba a Ribeirão Preto. - nomeou o vereador João Batista Machado (pai do Artur Machado) como intermediário nos negócios realizados entre os comerciantes de Uberaba e os centros produtores do Rio de Janeiro, Santos e São Paulo, garantindo, com seu nome, credibilidade para o município. - abriu novas ruas na cidade, pois o crescimento econômico provocara um aumento da população. - autorizou a realização da tradicional Festa do Divino, proporcionando aos festeiros a possibilidade de percorrerem as moradias, angariando fundos. - trouxe a Companhia Mojiana para a cidade. - criou e foi

NOSSA SENHORA DA ABADIA

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Nas proximidades do Mosteiro dos Bouros (Portugal), durante a invasão dos mouros, por volta de 1140, os frades do Convento de São Benedito abandonaram o local, permanecendo por lá apenas um religioso. A ele juntou-se um fidalgo e ambos viram uma luz projetada nas pedras do vale. Dirigiram-se ao local e descobriram uma imagem da Virgem Maria esculpida em pedra. Ergueram um altar no local e, posteriormente, o arcebispo ordenou a construção de uma Igreja de pedra lavrada, para abrigar a imagem e possibilitar a realização dos ofícios. Aos poucos, cresceu o número de adeptos e uma Abadia (convento dirigido por um Abade) foi construída. A partir disso, a fama da Nossa Senhora da Abadia e de seus milagres espalhou-se por todo o território português. No século XVIII, uma réplica da imagem chegou ao Brasil, pela mão dos portugueses, no povoado de Moquém, Província de Goiás. Em 1881, a mesma devoção foi trazida a Uberaba pelo Capitão Eduardo José de Alvarenga Formiga e pelo Major Ananias Ferrei

UBERABA E O PODER LEGISLATIVO - 1837 AOS DIAS ATUAIS

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Nasceu em Belo Horizonte em 1795 e veio para Uberaba em 1820. Exercia a medicina e o direito, além e ser padre. Era um excelente orador e ocupou uma vaga de vereador na 1ª Câmara (1837). Em sua gestão: - as ruas centrais de Uberaba receberam iluminação de lampiões a querosene, acesos depois das 19 horas por um funcionário da Prefeitura. O primeiro lampião foi instalado em frente ao Paço Municipal (hoje Praça Rui Barbosa). - a maneira como a população utilizava a água tornou-se uma preocupação e, visando disciplinar o seu consumo, os principais “regos” e nascente foram canalizados (com aroeira), taxas foram cobradas e imóveis construídos sobre vertentes foram desapropriados. - o Governo Municipal – atendendo a solicitação da Corte – adquiriu um terreno para a construção de uma escola “prática em que se prepara a mocidade em estudos elementares, sobretudo o que entende como a cultura do solo e serviço da lavoura [...]” (Ata, v.2, p.60) e indicou, para elaborar o estatuto da escola e sele

CONGRESSO REGIONAL DE EDUCADORES DE UBERABA E TRIÂNGULO MINEIRO

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Minicurso História de Uberaba: o documento histórico como fonte de informação e as novas tecnologias (Blog) como subsídio para a prática educativa O Arquivo Público de Uberaba dinamiza seu acervo por meio de ações pedagógicas, divulgação e publicação de pesquisas. Assim, pelo segundo ano consecutivo, participou do Congresso de Educadores promovido pela Prefeitura Municipal de Uberaba, oferecendo um minicurso relacionado à história do município. Durante o acontecimento, os educadores assistiram ao vídeo institucional do APU e receberam informações e exemplos, por meio de apresentação de imagens e explicações orais, relacionados à vinculação da história de Uberaba a marcos históricos mundiais e nacionais. Mineração, Desemboque e o surgimento de Uberaba Guerra do Paraguai e os Ofícios expedidos pela Câma

UBERABA E O PODER LEGISLATIVO - 1837 AOS DIAS ATUAIS

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Como agente executivo: · organiza uma associação destinada a receber colonos imigrantes estabelecidos em Uberaba, atendendo a uma solicitação do Governo Imperial. · providencia a abertura de novas estradas municipais e provinciais, tendo em vista a implementação das atividades comerciais e o destaque da Câmara à grande quantidade de mascates, percorrendo as propriedades rurais da cidade e a Rua do Commercio. · determina aos fazendeiros estabelecidos em Uberaba para que cumprissem a decisão do Governo Imperial após a aprovação da lei do ventre-livre, (lei nº 2040, de 30 de setembro de 1871) e estudo da possibilidade de criar uma associação destinada à educação dos filhos de escravos nascidos em Uberaba. · reaparelha a Casa de Saúde, disponibilizando atendimento à população, devido a uma epidemia de sarampo. Os produtores rurais uberabenses participaram pela primeira vez da Exposição Nacional de Gado na Corte (Rio de Janeiro), na época em que era o agente. Continuou sua carreira política

BLOGS EDUCACIONAIS

Professores que participaram do Congresso Regional, conforme prometemos, alguns endereços relacionados a blogs educacionias: Curso de blog como ferramenta didática - http://www.overmundo.com.br/overblog/curso-de-blog-como-ferramenta-didatica Blog "blog pedagógico" - http://blog_pedagogico.zip.net/ Blog como ferramentas pedagógicas http://www.ead.sp.senac.br/newsletter/agosto05/destaque/destaque.htm Blog na sala de aula - http://www.educacaopublica.rj.gov.br/jornal/materia.asp?seq=62 Blog pedagógico premiado - http://vidassecascolbachini.zip.net/ Blogs podem romper barreira da sala de aula - http://www1.folha.uol.com.br/folha/dimenstein/cbn/capital_050406.htm Tutorial para comentários no blogger - http://docs.google.com/View?docid=ajkfqbkz3mhh_51f2rpg7hp Webfólio como estratégia de avaliação e aprendizagem - http://www.vivenciapedagogica.com.br/?q=webfolio.html Colaboração de Fernanda Ramirez, editora do blog Ser-tão Paulistano

UBERABA E O PODER LEGISLATIVO - 1837 AOS DIAS ATUAIS

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Francês, diplomado em medicina, veio para Uberaba, em 1853, como médico do Batalhão de Guardas Nacionais. Homem erudito e orador fluente, por aqui, exerceu várias funções, auxiliando Fernando Vaz de Melo a fundar, em 1842, o primeiro estabelecimento de instrução secundária em Uberaba (atual Colégio Marista Diocesano). Em 1859, edificou um colégio para o ensino de português, latim, francês, geografia, aritmética, geometria e retórica (Rua Manoel Borges). Em 1862, participou da construção do Teatro São Luís e escreveu peças para serem ali representadas. Jornalista, iniciou a imprensa do Triângulo Mineiro e publicou, em 1874, o primeiro jornal de Uberaba e do Triângulo, nomeado de Eco do Sertão, O Uberabense, Monitor Uberabense, O Progresso e O Paranaíba. Além disso, assumiu os cargos de professor, médico, vereador, advogado e inspetor da instrução pública. Apoiou a construção da Santa Casa. Deu ao "Sertão da Farinha Podre" o nome de "Triângulo Mineiro" e, em 1875, des