19 de agosto, Dia Mundial da Fotografia

A palavra fotografia é de origem grega e pode ser interpretada como “desenhar com luz e contraste”.
A primeira fotografia de que se tem notícia é de 1826, do francês Joseph Nicéphore Niépce. Louis Jacques Mande Daguerre inventou e patenteou o daguerreótipo[1], sendo por isso considerado o pai da fotografia. As fotos produzidas por esse processo eram únicas e, embaladas em sofisticados estojos, emolduradas de dourado, ganhavam um caráter luxuoso, de joia.
Dom Pedro II, apaixonado pela fotografia e fotógrafo amador, doou, à Biblioteca Nacional, quase 30.000 fotografias de seu acervo, coleção que recebeu o nome da Imperatriz Theresa Cristina.
No Brasil, por volta de 1860, a utilização da técnica do carvão úmido, possibilitou a expansão de estúdios retratistas em várias cidades, popularizando a fotografia. Em Uberaba, José Severino Soares, o “Velho Severino”, premiado pelo Governo Imperial do Rio de Janeiro, na Exposição Nacional de Fotografias (1875), é um dos pioneiros da arte fotográfica. Outros fotógrafos, desde o século XIX, vêm contribuindo para a construção do registro e memória do uberabense.
O Arquivo Público de Uberaba possui em seu acervo fotográfico um total aproximado de 67.303 imagens nas categorias: preto e branco, colorida, slides, álbuns, negativos, contato. São imagens que registram paisagens, ruas, edificações, hábitos e vida do uberabense. Conhecê-las é reconhecer e valorizar nossa história e a história de nossos antepassados, legado indispensável à civilização.

Cíntia Gomide Tosta
foto 1: Vista parcial de Uberaba - 1880
foto 2: Praça Rui Barbosa, inauguração da luz elétrica - 1905
foto 3: Paço Municipal - 1900

[1] Daguerreótipo: aparelho capaz de fixar imagens em placas de cobre cobertas com sais de prata.

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