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Mostrando postagens de março, 2020

Em Águas Brilhantes

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Apresentação: Assim serão as linhas vertebrais desta coluna: um tanto de acontecimentos - história, somados a situações, personagens e diálogos imaginados.  Para contar acontecidos, passeio ao lado de Manoel Felippe pelas ruas do Commercio, converso com Belmiro Villarouco no palco do São Luiz. Leio as páginas de José A. de Paiva Teixeira e Tobias Rosa. E muitos tantos outros...  Bebo conhecimentos na fonte do Arquivo Público de Uberaba, Alto da Mogiana. Palavreio. Nem sou memorialista, historiador. Apenas um que gosta dos exercícios da escrita.   CERVEJAS - AS PRIMEIRAS - CERVEJARIAS  Quadro 1 -  Beber e Luporini Em 2020 será inaugurada uma grande fábrica de cerveja no município de Uberaba .  Com essa bebida temos história. Volto então, 133 anos, na edição Jornal Gazeta de Uberaba, 1887, junho - 17. Leio que Antonio Luporini, italiano e Simão Beber, austríaco, tinham acabado de montar uma fábrica de cerveja no alto do Rosário (hoje: ali pelo território do G

Arquivo recebe doação do acervo do programa "Negócio Fechado"

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    O jornalista Francisco Marcos Reis fez, neste mês de março, doação à Superintendência do Arquivo Público de Uberaba , do acervo do programa Negócio Fechado , que era exibido na TV Universitária aos domingos e quintas-feiras à noite, durante o período de 2000 a 2010.     Coordenador e apresentador, Reis manteve enfoque temático variado, abrangendo cultura, política e economia, evidenciado pela participação de políticos, empresários e intelectuais. O jornalista entrevistou diversas personalidades de Uberaba, como: Guido Bilharinho, José Humberto Guimarães, Luiz Guaritá Neto e Paulo Piau.      O conjunto de documentos doados é composto por 150 fitas VHS, revistas e anotações diversas. Para Reis, "o Arquivo Público é o lugar ideal para se efetuar a doação de documentos que compõem a memória da cidade. Trata-se, segundo ele, de importante fonte de consulta para se conhecer, no futuro, o pensamento das pessoas que viveram em Uberaba".        A entrega oficial da documentaçã

Imigrantes italianos em Uberaba

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Eles desembarcaram em Uberaba no final do século XIX e começo do século XX e ajudaram a construir o mosaico cultural da sociedade uberabense           Pedreiros, agricultores, ceramistas, funileiros, engenheiros, arquitetos, poetas, pintores, escultores e escritores italianos chegaram a Uberaba em grande quantidade no ano de 1894. Depois dessa data vieram mais alguns, em número menor. Foi o maior contigente de estrangeiros que desembarcou na cidade.       Oriundos das mais diversas regiões da Itália, touxeram consigo suas famílias e a esperança de construir um futuro melhor no Brasil.  Os historiadores identificaram dois tipos distintos de corrente imigratória: a subvencionada e a particular.       No primeiro caso, os italianos embarcavam em navios em direção ao Brasil com todas as despesas pagas pelo governo de Minas Gerais: hospedagem, passagem e alimentação. Geralmente vinham com toda a família, desde os mais idosos até as crianças. Depois de desembarcarem na cidade do

Gripe espanhola em Uberaba em 1918

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A gripe atingiu toda a humanidade e seu contágio aconteceu em duas ondas. A primeira (até a metade de 1918), teve efeitos “pequenos”, mas, na segunda (final de 1918), depois de sofrer uma mutação, sua agressividade tornou-se perturbadora: a velocidade com que se alastrou e os estragos causados se mostraram sem equivalentes na história – nunca a guerra, catástrofe ou epidemia tinha feito tantas vítimas em tão pouco tempo. A gripe espanhola foi implacável e universal    Em fevereiro de 1918, a cidade de San Sebastián, na Espanha, foi infestada pela influenza e, diferentemente de outros países envolvidos na Primeira Guerra, que censuravam essas informações, na Espanha as notícias foram amplamente difundidas. Os países beligerantes não permitiam a sua divulgação, tentando evitar o caos nas fileiras dos exércitos. Geralmente, os governos atribuíam o nome da doença a outras nacionalidades. Quando a sífilis apareceu na Idade Média, os franceses chamavam-na de "mal napolitano&q

REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE UBERABA BUSCA CAPACITAÇÃO PARA DESENVOLVIMENTO DE TEMA SOBRE O BICENTENÁRIO DA CIDADE

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Nesta quinta-feira, professores do Departamento de Arte e Cultura, da Secretaria de Municipal de Educação de Uberaba, estiveram na   Superintendência do Arquivo Público em busca de documentos e informações referentes à história da cidade. O objetivo da pesquisa é desenvolver temática acerca do bicentenário de Uberaba com os alunos da rede municipal, durante todo o ano. Para isso, os professores mediadores do departamento dirigido por Maria Edilene Leal, Gláucia Guimarães Marques, Rosana Maria de Freitas, Luiz Humberto Mila Guimarães, Jairo Adriano de Almeida e Leandro Emanuel Santos Moura consultaram documentação relativa ao patrimônio imaterial, fotos, personalidades da cidade, livros e projetos de edificações. Professores do Departamento de Arte e Cultura na sala de pesquisa do Arquivo Público de Uberaba

Alunos do Colégio Nossa Senhora das Dores participam das Ações Educativas

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Acompanhados das professoras Renata Lombardi, Angélica Carvalho e da disciplinaria Fernanda Gauy, 46 alunos do 3º Ano do Ensino Fundamental I visitaram o Arquivo Público de Uberaba e participaram de uma palestra sobre Uberaba na sala de projeção do Arquivo e de uma visita guiada pelos departamentos da Instituição. Orientados pela professora Luzia de Fátima Rocha tiveram oportunidade de conhecer documentos e fotografias que fazem parte do acervo do Arquivo Público. Essas atividades integram o projeto " Revisitando Uberaba ", realizado pelo Colégio, que visa aprofundar estudos sobre bairros, distritos e cidades. Sala de Projeções Alunos conhecendo imagens de antigos fotógrafos de Uberaba Luzia Rocha apresentando documentos históricos aos alunos Despedindo-se do Arquivo Público

Professora Sandra Mara Dantas realiza pesquisas no Arquivo

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A professora do Departamento de História da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Sandra Mara Dantas, doutora em História Social, volta ao Arquivo Público para analisar a documentação do acervo e ampliar a produção historiográfica sobre Uberaba e o Triângulo Mineiro. Ela já editou livros sobre Uberaba, duas coletâneas específicas do bairro Estados Unidos e um livro sobre o bairro Adadia, baseados no acervo da instituição. A professora Sandra busca compreender as diversas versões que há sobre o Triângulo Mineiro. Uma delas é do historiador e folclorista Edelweiss Teixeira, autor do livro O Triângulo Mineiro nos Oitocentos (Séculos XVIII e XIX) , disponível para pesquisa. No acerco do Edelweiss Teixeira ela encontrou diversos manuscritos, livros, pesquisas encaminhadas ao Arquivo Publico Mineiro, correspondências expedidas e recebidas e documentos do Instituto Folclórico do Brasil Central, acondicionados em 89 caixas do Departamento Privado da instituição. Ela identific

Arquivo itinerante visita Escola Municipal Bezerra de Menezes

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    O projeto Ações Itinerantes integra o departamento de Ações Educativas da Superintendência do Arquivo Público. Por meio dessas ações, um funcionário da instituição se desloca até as escolas para levar informações, conhecimentos, fotografias e audiovisuais relacionados à história da cidade.      Esse projeto já existe na prática desde o surgimento da instituição, mas neste ano de 2020 ganhou notoriedade devido às comemoração dos 200 anos da cidade.     Hoje foi a vez da Escola Municipal Bezerra de Menezes receber a professora Luzia de Fátima Rocha, responsável pelo projeto, que atendeu 60 alunos.  Neste ano já foram atendidos 260 alunos.   O trabalho da instituição está disponível para todas as escolas do município. Alunos da Escola Municipal Bezerra de Menezes Professora Luzia Rocha durante exposição da temática  

Arquivo Público de Uberaba recebe visita da neta de Hildebrando Pontes

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     Na tarde de hoje, o Arquivo Público de Uberaba recebeu as ilustres visitas de Romélia Pontes Zaidan, neta de Hildebrando Pontes, e Luiz Gonzaga de Oliveira, jornalista e divulgador das questões culturais e históricas da cidade.      O Arquivo Público recentemente ganhou a denominação do Arquivo Publico de Uberaba Hildebrando Pontes e, em homenagem à iniciativa da instituição, a Sra. Romélia, representando a família, fez a doação do busto de seu avô e grande historiador à instituição.     Os visitantes foram recebidos pelo superintendente do Arquivo, Jorge Alberto Nabut, juntamente com os historiadores João Eurípedes de Araujo, Luiz Henrique Cellurale e Vânia que mostraram a eles originais de Hildebrando Pontes e os livros de Luiz Gonzaga. Do encontro prazeroso, só faltou definir a data de inauguração do busto do importante historiador.   Romélia Pontes Zaidan, doadora do busto de Hildebrando Pontes Romélia e Luiz Gonzaga de Oliveira, ao lado do busto Jorge

A Poesia em Uberaba

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Guido Bilharinho           A poesia, tal como é entendida, praticada e geralmente aceita, foi o gênero literário mais cu ltivado em Uberaba, rivalizando com a música e as artes plásticas.  Contam-se às dezenas os compositores, os pintores e escultores. Também os poetas. Classicismo          A começar por vigário Silva, padre Zeferino e João Joaquim da Silva Guimarães, pai de Bernardo Guimarães. Todos chegados à cidade nos anos de 1820. Além deles, a cultivou em Uberaba na década de 1850, quando aqui exerceu o ministério sacerdotal, o padre Manuel Joaquim da Silva Guimarães, irmão de Bernardo Guimarães. Romantismo e Impressionismo          Posteriormente, no decorrer da segunda metade do século XIX e até 1910, a fundação de estabelecimentos de ensino secundário iniciada em 1854 pelo engenheiro Fernando Vaz de Melo até culminar com a Escola Normal Oficial (1882), Colégio N. S. das Dores (1885), Instituto Zootécnico de Uberaba (1895), Ginásio Marista Diocesano (1903) e o

Ações Educativas na Escola Felício de Paiva

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O bicentenário de Uberaba é uma época importante para  se conhecer  os principais fatos que marcaram a vida da cidade       O projeto Ações Educativas  da Superintendência do Arquivo Público de Uberaba realizou atividades ontem na Escola Estadual Felício de Paiva.  Orientados pela professora Luzia Rocha, os alunos dos 5 º e do 7º anos tiveram oportunidade de conhecer mais um pouco da história da cidade.      Neste ano há expectativa de se atingir uma quantidade   maior  de  escolas, graças às comemorações do bicentenário da cidade.        Servidora do Arquivo Público de Uberaba, professora Luzia Rocha  e alunas da Escola Estadual Felício de Paiva Alunos e professora Luzia Rocha na sala da Escola conhecida como "Laboratório de Sonhos",  durante atividades das ações educativas Professora e alunos da Escola Estadual Felício de Paiva     As diretoras interessadas na apresentação do projeto em sua escola, ou mesmo em conhecer  as dependê

PARA ENTENDER O "DOIS DE MARÇO"

Ainda é difícil encontrar quem concorde com a mudança do aniversário de Uberaba, de 2 de maio para 2 de março. Já se foram 25 anos e ainda muita gente não engole a mudança .          Acontece que, 2 de maio de 1856 é a data em que recebemos o título honorífico de cidade, ou seja, atingimos a maioridade. Daí comemorarmos o primeiro centenário de elevação à cidade, em 1956.          No caso do ser humano, por exemplo, corresponde a uma pessoa fazer 18 anos. Ora, 18 anos nunca foi data de nascimento de ninguém e nem de coisa alguma - e não podem ser subtraídos da existência de ninguém. Um rapaz, desta idade, está na sua potência máxima e apto para o mercado de trabalho. Uma moça está pronta para se casar e ter uma porção de filhos – para usarmos imagens convencionais, como convém ao assunto histórico. Pois bem.          Para chegarmos mais próximos ao nascimento de Uberaba, a data mais antiga que temos é 2 de março de 1820. Éramos ainda um povo um povoado, e atendendo à solicit