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Escrava Maria Rita, uma história de resistência

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A transcrição documental comentada do Auto de corpo de delicto da escrava Maria Rita, propriedade do Barão da Ponte Alta, realizada pela pesquisadora do Arquivo Público, Marise Soares Diniz, foi publicada na revista Cadernos de Pesquisa . A revista, registrada sob o ISSN 15187640 e criada em 2000, é uma publicação do Centro de Documentação e Pesquisa em História do Instituto de História da Universidade Federal de Uberlândia/ CDHIS/ UFU. O documento transcrito é o processo criminal que a escrava Maria Rita moveu contra o seu senhor, o Barão, em 1886, época ainda marcada pela dominação do homem pelo homem, escravidão, violência e resistência. Parabéns pelo reconhecimento, Marise! Estamos certos de que sua ação contribuirá muito com os trabalhos de pesquisa na área. Cad. Pesq. Cdhis. Uberlândia, v.23, n.1, jan./jun.2010

Visitas Especiais

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Mais uma vez, o Arquivo Público foi agraciado com honrosas visitas. Padre Prata, amigo da casa, sempre vem. Em algumas vezes aparece apenas para rever a equipe, enriquecer nosso café com sua afetuosa presença e deixar sua valiosa bênção. Em outras, faz suas pesquisas e sabemos que tudo será aproveitado em novas e importantes publicações. Laurentino, em sua visita à cidade, trouxe importantes informações relacionadas aos seus dois livros e, na visita ao APU, conheceu e elogiou o acervo, além de buscar nele, conhecimentos relacionados à sua nova obra sobre escravidão.  O encontro dos dois, na sede do Arquivo, foi acontecimento pra lá de especial e a equipe agradece a ambos pela oportunidade de recebê-los.

Memória e cultura uberababense

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Elevada à condição de Vila, em 22 de fevereiro de 1836, e posteriormente à de Cidade, em 1856, Uberaba tem, segundo o CENSO 2010, aproximadamente duzentos e noventa e seis mil habitantes (296. 000) que, entre outras ocupações, atuam como profissionais liberais, estudantes, operários, pecuaristas, agricultores, funcionários públicos e comerciantes. A diversidade de experiências e histórias desses habitantes constituem o tecido social que dá materialidade à cidade. Visando registrar, preservar e disponibilizar a história e a memória de Uberaba, o Arquivo Público, desde 1985, realiza um trabalho de pesquisa, na modalidade entrevista com diversos cidadãos uberabenses, protagonistas e testemunhas de acontecimentos e histórias singulares da urbe. Esse material constitui um acervo com mais de mil entrevistas, a maioria já digitalizada, abordando assuntos desde cultura popular até a participação de pracinhas uberabenses na Segunda Guerra Mundial. Muitas vezes...

Arquivo Público recebe visita e doações do Dr. Paulo Fernando

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A equipe do APU recebeu, no dia 04 de abril, o Dr. Paulo Fernando Silveira. O escritor e membro da Academia Letras do Triângulo Mineiro doou ao Arquivo os livros O Sertão da Farinha Podre e Capão da Onça ( lançado em 2011)  e a Revista Artigo 5, cujo texto UMA LUTA MAIS FERRENHA DO QUE SE IMAGINAVA é de sua autoria: “Revolução de 1930: A tomada do 12º RI em Belo Horizonte. A polícia mineira ocupou o quartel do exército. Foi hasteada na fachada a bandeira branca. Estava encerrada a luta na capital. A luta foi mais ferrenha do que se imaginava. Não ficou só numa simples troca de tiros, de longe, entre PMs e soldados do exército, todos entrincheirados...” O artigo é parte integrante da 2ª edição ampliada do livro A Batalha de Delta – agraciado pela Academia Paulistana da História com o 29º Prêmio Clio de História, em 2006 – cujo lançamento está previsto para este ano. O APU parabeniza o escritor e agradece as doações!

ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL - DE 1837 AOS DIAS ATUAIS

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Nasceu em Muiriaé (MG), em 1897. Advogado atuante, também exerceu os cargos de Delegado de PolÍcia e Diretor da Cia. Mineira de Eletricidade. Entre os anos de 1933 a 1936, foi prefeito nomeado da cidade de Juiz de Fora. Posteriormente, por indicação do Governador Benedito Valadares, tornou-se prefeito de Uberaba, administrando a cidade por 7 meses. Durante a sua passagem pelo Executivo Municipal: - realizou reparos internos e externos no Mercado Municipal. - ampliou a captação de água no rio Uberaba. Também era escritor e, dentre suas várias obras, destaca-se A Revolução de 30 e os Municípios , lançada em 1942. Faleceu em 1949, na cidade de Belo Horizonte.

LEITURAS INTERESSANTES

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História de Uberaba e a Civilização no Brasil Central Hildebrando Pontes nasceu, em 1879, na cidade de Conquista. Em Uberaba, colou grau de engenheiro agrônomo, em 1898, pelo Instituto Zootécnico.  Escrevia nos jornais Lavoura e Comércio e Diário de Franca e em outros jornais de Uberaba e de outras cidades. Publicou, no Almanaque Uberabense , a monografia “A arte dramática em Uberaba – o Teatro São Luis”. É o autor da obra “Genealogia Mineira” e, em 1976, a Revista Convergência nº7 trouxe, de sua autoria, “Cem anos de imprensa”. Idealizou o Clube Separatista (campanha para a criação do estado independente do Triângulo Mineiro) e, por meio dessa campanha, levou o governo estadual a uma tentativa de reparar suas omissões com a construção da ponte Afonso Pena, abertura de uma agência bancária e ampliação dos trilhos da Mogiana, dentre outras obras.  Em 1912, com o maior número de votos, foi eleito vereador e, em 1915, atuou como Agente Executivo (prefeito). Faleceu em 1940. ...

Arquivo Público na Revista Museu

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Foi aprovada a publicação, na Revista Museu , de um artigo de autoria do historiador João Eurípedes de Araújo e da pesquisadora Cíntia Gomide, ambos funcionários do Arquivo Público de Uberaba (APU).  A revista eletrônica, concebida para congregar os saberes dos profissionais da área e para divulgar a cultura no Brasil e no mundo, tem um forte time de parceiros, dentre eles o também uberabense Mozart Lacerda. O texto de João e Cíntia, intitulado A Escravidão em Uberaba : caminhos para a conquista da liberdade apresenta uma ampla visão sobre a escravidão, desde suas origens e as ocorrências em território nacional e também discorre sobre importantes documentos – catalogados e disponíveis para pesquisa – relacionados a escravos, em Uberaba e região, que integram o vasto acervo do APU.  A equipe do Arquivo parabeniza Cíntia e João pela conquista! Para conhecer a Revista Museu, acesse: http://www.revistamuseu.com.br/default.asp

Doações

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O Arquivo Público de Uberaba recebeu mais doações valiosas para o seu acervo! O escritor Jorge Nabut doou um álbum informativo do Município de Conquista; a dissertação de mestrado Representação e Vestígio da (Des) Vinculação do Triângulo Mineiro: um estudo da imigração italiana em Uberaba, Sacramento e Conquista (1890-1920) , da historiadora Heladir Josefina Saraiva e Silva; o livro: 7 Décadas - A história e a vida de Minas em retrato e fotografias dos construtores Miguel Laterza e Santos Guido. A equipe do Arquivo agradece, a Nabut, a doação e salienta a importância da preservação e da disponibilidade de tais registros para a construção da identidade e memória social.

Uma nova cartografia da presença negra na sociedade brasileira

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  No dia 20 de novembro, comemora-se o “Dia Nacional da Consciência Negra”. No âmbito nacional, a Lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, incluiu no currículo oficial da rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-brasileira” em todos o currículo escolar, em especial, nas áreas de Educação Artística, Literatura e História Brasileira. Em um plano social macro, o Senado Federal aprovou, neste ano de 2010, o “Estatuo da Igualdade Racial”, sancionado pelo Presidente da República, em julho, e transformado na Lei 12. 288, de 20 de julho de 2010. O Estatuo estabelece políticas públicas de valorização dos afro-descendentes, especificamente nas áreas de saúde, cultura e educação, como o reconhecimento ao livre exercício de cultos religiosos, o direito dos remanescentes de quilombos às suas terras e a adoção de medidas, além de promover valores de respeito à pluralidade etnocultural da sociedade brasileira, visam incluir os negros em todas as esferas da vida nacional...

MEMÓRIA, CULTURA, PESQUISA, PRESERVAÇÃO E ACESSO: O TRABALHO DOS ARQUIVISTAS

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Segundo a historiografia nacional, no dia 20 de outubro de 1823, foi criado o primeiro arquivo público brasileiro, legitimado pela Constituição de 25 de março de 1824 e apresentado à Constituinte pelo deputado Pedro de Araújo Lima, futuro Marquês de Olinda. De acordo com Vasconcelos [1] , “não houve, desde o início da promulgação da lei, uma instituição especial com o Título de Arquivo Público e os originais das leis, os decretos legislativos e atos do Poder Executivo continuaram sendo guardados e conservados nas secretarias de origem”. Somente 15 anos após a consagração na Constituição de 1824, o regulamento n° 2 de janeiro de 1838, no período de menoridade de D. Pedro II, estabeleceu o Arquivo Público, dentro do Ministério do Império, o atual Arquivo Nacional. A Lei 6.576 de 1978 e o Decreto 82590, também de 78, regulamentam a profissão de arquivista autorizando a exercê-la todos os diploma do s por meio de Curso Superior em Arquivologia, ou ainda, aqueles que, na época da pub...