Escrava Maria Rita

Os embates entre dominantes e cativos foram violentos, desde a captura na África, passando pelos maus-tratos nos locais de vendas e nas senzalas, até os castigos, aplicados diante de outros escravos, servindo como exemplo.
O processo criminal da escrava Maria Rita contra o seu senhor, Barão da Ponte Alta, foi transcrito e está à disposição para pesquisa.
Mesmo com as testemunhas confirmando os maus-tratos – todas diretamente ligadas ao Barão – considerou-se, no julgamento, apenas o relatório de corpo delito, cujo teor afirmava que a escrava sofreu apenas leves escoriações.
O ofício contém 47 páginas manuscritas, frente e verso e os autos iniciam-se em fevereiro de 1886 e arrastam-se até outubro, passando por inúmeras análises de diferentes autoridades, as quais foram capazes de aguardar até a convalescença de um escravo depoente para dar andamento ao processo.
Comentários