UBERABA E O PODER LEGISLATIVO - 1837 AOS DIAS ATUAIS

Uberabense, nasceu em 1893. Em 1915, formou-se em Direito, em Belo Horizonte. Foi redator e proprietário do jornal Estado de Minas e, por meio dele, desenvolveu campanhas em prol das classes pobres e oprimidas e lutou pela moralidade administrativa. Dirigiu de 1917 a 1918, o Colégio Rio Branco. Viajou para Índia trazendo zebu. Na época existiam dois partidos: os pacholas (oposição) e os araras (PRM). Ausentou-se para assumir a Câmara dos deputados federais. Durante sua gestão:
- exonerou funcionários considerados inúteis.
- no intuito de organizar o ensino, solicitou o apoio para do Sr. Alceu de Souza Novaes, inspetor escolar e membro do Conselho do Ensino no Estado.
- prestou assistência técnica às escolas, elaborou e executou um programa de ensino municipal.
- reformou escolas e a Igreja Matriz, objetivando a preservação do patrimônio arquitetônico e do relógio da Matriz
- reformulou o salário dos professores,
- estabeleceu concurso para nomeações.
- idealizou a abertura da grande avenida central que hoje tem seu nome.
- solicitou um plano de viação municipal e de melhorias nas estradas.
A Praça da Matriz passa se chamar Praça Rui Barbosa, funda-se a Associação Comercial e Industrial de Uberaba, a Igreja do Rosário é demolida e é instalado o Curso Superior de Datilografia (1923). Nesse mesmo ano, assumiu o cargo de deputado, no Congresso Federal (RJ), foi substituído pelo Coronel Manoel Terra e, em 1924, pelo Coronel Geraldino Rodrigues da Cunha.
De acordo com informações do Boletim do Arquivo de 1997, no período em que se ausentou para trabalhar no Congresso Federal, a oposição – representada pelos fazendeiros filiados ao Partido Republicano Mineiro (PRM) – demitiu os funcionários do primeiro e do segundo escalão. As eleições de janeiro de 1925 poderiam por fim a essa situação.
O PRM pressionou os funcionários da penitenciária, das escolas estaduais e do Correio para que votassem contra a Coligação de Leopoldino, mas as apurações deram a vitória aos seus partidários. No entanto, o próprio Presidente da Província de Minas Gerais ordenou ao Comandante do Batalhão local que tomasse a Câmara de Vereadores e impedisse a posse dos vitoriosos. Leopoldino não pôde passar o cargo para o presidente eleito da Câmara, seu sucessor, e fechou o prédio, sitiado por 90 praças. Retirou-se do local sem entregar as chaves da Câmara e disse, em carta, que só o faria aos seus legítimos donos, o povo e os vereadores eleitos.
Os adversários de Leopoldino apoderaram-se da Câmara, arrombando a porta. Não deram posse aos eleitos e anularam as forças da oposição a poder de baionetas, fuzis e canhões, manejados pela Força Pública.
Leopoldino morreu no dia 29 de agosto de 1929.

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