CATIRA
Originalmente a Catira nasceu na zona rural onde, após um dia de trabalhos em mutirão, servem-se refeições e bebidas a todos os participantes, num evento animado com danças e batuques.
Com o passar do tempo, os meeiros, agregados, empregados e empreiteiros que formavam a população rural foram se transferindo para a zona urbana e, consequentemente, levaram consigo a Catira.
Uma das características dessa manifestação cultural é a tradição familiar, pois as crianças aprendem a tocar e a dançar acompanhando os adultos, desde a infância. O principal instrumento é a viola, semelhante ao violão, porém menor, com dez ou doze cordas e de confecção artesanal. Na dança, os componentes ficam sempre um de frente para o outro, os sapateios e as palmas acompanham a batida da viola e um marcador comanda as mudanças de posição.
No passado, não só os mutirões, mas também as Festa de Reis, Juninas, ou casamentos eram pretextos para se dançar a Catira e muitos violeiros uberabenses – como Manuelzinho com suas “moda” e seus “verso dobrado” e “recortado” – deixaram canções que perduram até hoje.
Leia mais nos Cadernos de Folclore, ano I, n° 3, 1993 – publicação do APU – no qual há informações sobre a história da zona rural, os tipos de casa, a migração para as periferias da cidade, além de um glossário com os termos próprios dos catireiros.
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