UBERABA E O PODER EXECUTIVO - 1837 AOS DIAS ATUAIS



Em 1930, o poder legislativo foi extinto pelo movimento revolucionário da Aliança Liberal – responsável pela chegada de Getúlio Vargas à Presidência da República – e manteve o recesso até 1934. O agente executivo, nomeado prefeito pelo interventor do Estado, exercia funções do executivo e do legislativo. Guilherme de Oliveira Ferreira tomou posse no dia 11 de dezembro de 1930, permanecendo no cargo até 26 de janeiro de 1935. A Constituição de 1934 estabelecia dois poderes municipais: o executivo (prefeito, indicado pelos vereadores, eleitos pelo voto popular) e legislativo (Câmara).

Na gestão de Guilherme, destacam-se:
- obras: remodelação do mercado, criação de escolas rurais e urbanas, reforma do telhado da Santa Casa, calçamento e asfaltamento de ruas, tratamento de água e esgoto, construção de avenidas e estradas (Uberlândia, Rio do Peixe, Conceição das Alagoas, Delta Peirópolis), fato pelo qual foi homenageado por condutores e motoristas;
- ações: contrato para a construção de um necrotério, publicação diária do expediente municipal no jornal Lavoura e Comércio, contratação de nova empresa de energia elétrica e de empresas interessadas no fornecimento de água e no serviço de esgoto, ampliação da rede elétrica após o término do contrato da Cia. Força e Luz, instalação de telefonia automática, concurso para professor, criação de caixa escolar para aquisição de material e fardamento de alunos carentes, criação da Guarda Municipal, eliminação da cobrança de taxas de pedágio e organização do atendimento, regularização da documentação e estabelecimento de normas para o funcionamento do Cemitério Municipal;

Na época em que foi prefeito, o Colégio N.S. das Dores foi ampliado, o campo de aviação foi terraplanado, a VASP iniciou sua escala em Uberaba, houve um significativo aumento do número de estudantes (ensino primário e alfabetização), instalaram-se os primeiros telefones automáticos, um hospital da Cruz Vermelha foi montado, no prédio do Grupo Escolar Brasil, para atender os soldados feridos na Revolução de 1930. Além disso, Hildebrando Pontes foi encarregado de escrever um livro sobre a história, as leis vigentes e os principais dados estatísticos do município e criou-se o Comitê dos Revolucionários, que congregava os políticos locais, regionais, estaduais e federais e depôs Júlio Prestes, substituindo-o por Getúlio Vargas.

Faleceu na década de 1940.

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