Godofredo
Santos
Diretor
e Redator dos Jornais:
O
Sorriso, O Jornal e Uberaba Jornal
Editados em Uberaba-MG entre 1930 e 1944
A Superintendência de Arquivo Público, de Uberaba recebeu à doação em
16/09/2013 do acervo digitalizado do “O
Jornal Sorriso” – período 1930 a
1933, do “O Jornal” de 1933 a 1938 e
“Uberaba Jornal” de 1938 a 1944 do
Sr. Airton Magalhães Pinto, arquiteto e residente em Brasília, filho de
Godofredo Santos, uberabense, um dos fundadores das referidas publicações.
A “Revista Sorriso" que deu origem às outras publicações foi
fundada em 1909. Era um semanário critico noticioso, humorístico e
independente. Teve como fundadores Edgar Medina Coeli e Eduardo Formiga, os
seus redatores e proprietários. No decurso de sua existência o “Sorriso” mudou
de denominação e teve diversos proprietários e diretores, redatores e um grande
número de colaboradores. Em 06/04/1930, Godofredo deu início à nova fase da
edição, intitulado o jornal “O Sorriso”, de 1930 a 1933, com
participação de redatores e colaboradores intelectuais: Alceu de Souza Novaes
(A. Luce), Egydio Fantato, Quirino Pucci, Solon Fernandes, Gabriel Totti, José
Tiradentes de Lima, Odilon Paes de Almeida, Sebastião Guimarães, Lucio Azevedo,
Paulo Bandeira de Mello, José Vicente de Souza Netto (redator esportivo) e
outros. Na sequência editou “O Jornal”,
de 1933 a 1938 e o “Uberaba – Jornal”,
de 1938 a 1944, fechando um período de 14 anos de edições semanais, no mesmo
endereço na Rua Artur Machado nº 113, onde continuou trabalhando com serviços
gráficos por mais 25 anos.
O recebimento e o resguardo das publicações digitalizadas na
Superintendência de Arquivo Público significa disponibilizar para a população a
consulta de um importante período da história de Uberaba e constitui uma das
funções da Superintendência de Arquivo em detectar e recuperar acervos
históricos.
Marta Zednik de Casanova
Superintendente de Arquivo
Público de Uberaba
Godofredo Santos
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Nasceu em 21/10/1903 em Uberaba,
filho de José dos Santos, guarda-livros (contador) e Altina Lucas dos Santos
(do lar); teve como irmãs Maria José dos Santos (professora), Julieta Lucas dos
Santos, Maria de Lourdes Santos Del Papa e Altina Santos Martinelli.
Ainda criança, o quarto ano
primário concluído no Grupo Escolar Brasil, foi levado por uma tia para
trabalhar, como “vassoura” (office boy) e aprender ofício, na Empresa Gráfica
Século XX, em Uberaba, onde se interessou e desenvolveu habilidades específicas
na área gráfica. Trabalhou na empresa do Jornal
Lavoura e Comércio, de Quintilhano
Jardim, criativo e habilidoso recebeu, em certa ocasião, reconhecimento: "A arte de Gutenberg não tem segredos
para Godofredo Santos”.
Na juventude, motivado pelo ídolo
futebolístico da época, Arthur Friedenreich, Godofredo dedicou seus tempos de
folgas jogando futebol; de estatura mediana se valia de forte impulsão para as
disputas de bolas altas.
Na
busca de novos conhecimentos e oportunidades relativos ao trabalho gráfico,
tinha como propósito transferir-se para São Paulo Capital; permaneceu,
entretanto, em Ribeirão Preto integrando-se, à época, às Indústrias Gráficas
Barilari; em 1930 decidiu retornar a Uberaba, instalando-se em pequena área, na
entrada do prédio recém-construído por Gabriel Totti, na Rua Arthur Machado nº
113. Instalou uma máquina de impressão manual e algumas fontes de tipo,
iniciando seu trabalho por conta própria. Transferiu-se, para espaço maior,
ainda no prédio de Gabriel Totti, edifício arrojado para época, três
pavimentos, térreo, pavimento superior e subsolo, paredes grossas de alvenaria
e pisos estruturados com assoalho sobre vigas de madeira e forro falso, também
em madeira. Permaneceu por décadas com a Papelaria, a Tipografia e a Fábrica de
Carimbos.
Neste cenário e tendo por
vizinhos, de um lado, Italo de Biagi (fábrica de botas, botinas, chuteiras) e
do outro, Alfaiataria Parreira; em frente Sapataria Molinar, Ourivesaria
Aprile, Bar da Viúva (Vásques), Alfaiataria Caldas, Tecidos Piva, Fotos Zuza,
deu início a nova fase da edição do jornal O SORRISO, de 1930 a 1933, com
participação de redatores e colaboradores intelectuais: Alceu de Souza Novaes
(A. Luce), Egydio Fantato, Quirino Pucci, Solon Fernandes, Gabriel Totti, José
Tiradentes de Lima, Odilon Paes de Almeida, Sebastião Guimarães, Lucio Azevedo,
Paulo Bandeira de Mello, José Vicente de Souza Netto (redator esportivo) e
outros. Na sequência editou O JORNAL, de 1933 a 1938 e o UBERABA-JORNAL, de
1938 a 1944, fechando um período de 14 anos de edições semanais, no mesmo
endereço onde continuou trabalhando com serviços gráficos por mais 25 anos.
Godofredo Santos foi casado com
Ordália da Costa Magalhães Santos, tiveram quatro filhos: Leila Magalhães
Santos (professora – funcionária pública, aposentada em Brasília-DF), Ayrton
Magalhães Santos (arquiteto em Brasília-DF), Adilson Magalhães Santos
(aposentado) e Lenita Magalhães Santos (professora, funcionária pública,
aposentada em Brasília-DF); faleceu em Uberaba em 14 de Agosto de l986, com 83
anos.
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