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Parceria APU e Instituto Agronelli

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Foto: 1992 - ao fundo, à esquerda a Vila Militar Com o Seminário realizado nas dependências do Arquivo Público, deu-se início ao Projeto "Cultivando a cidadania: cultura e história do meu bairro". A participação do Arquivo é receber os alunos, contar a história de Uberaba, disponibilizar o material de pesquisa de cada bairro, visitar as escolas para realizar oficinas demonstrando como escrever história. Esse trabalho culminará com a publicação do segundo volume do livro "Meu bairro tem história, eu tenho futuro" em que os alunos, crianças, adolescente e jovens registram as aprendizagens sobre o bairro. A visita do dia 30 de abril de 2009 foi com os alunos do Educandário Menino Jesus de Praga que escreverão a história da Vila Militar.

Escrava Maria Rita

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As análises sobre questões ligadas à escravidão podem ser feitas a partir dos processos criminais que envolviam senhores e escravos e pelos documentos do Cartório Criminal (Poder Judiciário) pertencentes ao acervo do Arquivo Público de Uberaba, datados de 1837 a 1888. Os embates entre dominantes e cativos foram violentos, desde a captura na África, passando pelos maus-tratos nos locais de vendas e nas senzalas, até os castigos, aplicados diante de outros escravos, servindo como exemplo. O processo criminal da escrava Maria Rita contra o seu senhor, Barão da Ponte Alta, foi transcrito e está à disposição para pesquisa. Em 1886, ao fugir, a escrava Maria Rita, procurou primeiramente, um padre que se dispôs – sem se comprometer – a escrever uma carta para o Barão. A carta foi entregue, porém não causou nenhum efeito. Depois foi até o delegado de polícia. Maria Rita, ao tentar escapar, demonstrava claramente não aceitar a condição de cativa e provava sua resistência e luta pela sua libe...

UBERABA E O PODER LEGISLATIVO - 1837 AOS DIAS ATUAIS

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Político, administrador, engenheiro agrônomo, formado pelo Instituto Zootécnico de Uberaba, professor, jornalista e historiador. Observou e pesquisou com espírito científico como a região se desenvolvia. Suas obras históricas são, ainda hoje, importantes fontes de pesquisa sobre o município. Utilizava métodos pedagógicos próprios e, como jornalista, colaborou com vários jornais do interior e das capitais. Presidiu a Câmara e ocupou o cargo de Agente Executivo duas vezes. Em 1912, época em que substituiu Phillipe Ache, a Escola da Fazenda Modelo foi inaugurada. Solicitou empréstimo para executar um plano de desenvolvimento da cidade, mas por manobra política de Caldeira Júnior – um dos proprietários da empresa Força e Luz – foi impedido de realizá-lo. Reeleito, renunciou ao cargo por conta dessa manobra e foi substituído por Silvino, outro sócio da Força e Luz. Criou o “Club Separatista” com o objetivo de tornar o Triângulo um estado independente (1906). O movimento chamou a atenção do ...

APU e UFTM: o início de uma parceria

A convite da professora da graduação em História, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Sandra Mara Dantas, conversamos, na noite de sexta-feira, com uma turma do curso. Durante nossas falas, a turma se mostrou bastante interessada em ouvir o relato e as dicas de um profissional já formado em História e sobre a experiência com pesquisa a partir de documentos do acervo do Arquivo Público de Uberaba. Além disso, puderam conhecer - por meio de imagens - parte da equipe e as seções do APU e se surpreenderam com a riqueza desse acervo. Para Sandra, foi o início de uma parceria, já que há a possibilidade de que alguns questionamentos feitos pelos alunos, posteriormente, se transformem em objeto de pesquisa, desenvolvida com base na documentação sob poder e guarda do Arquivo. Para nós, foi um grande prazer estabelecer esse contato e mais será poder atendê-los. Obrigado, Professora Sandra, obrigado alunos! Esperamos por vocês no Arquivo! João Eurípedes de Araújo e Iara Fernandes

UBERABA E O PODER LEGISLATIVO - 1837 AOS DIAS ATUAIS

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O Engenheiro e sócio da empresa Força e Luz substituiu – por meio de eleição corrida em 1º de Abril de 1913 – Philippe Aché, após sua renúncia, em junho de 1912. Em sua gestão: -confecciona a planta da cidade (1913). -desapropria a Igreja do Rosário (1914). -proíbe o trânsito de carro de bois na cidade. Em 1913, inaugura-se o posto meteorológico e, em 1915, o prédio do Asilo Santo Antônio e funda-se a loja Notre Dame de Paris. A administração de Silvério José foi diferente de seu antecessor. Ele não considerava necessário que a Prefeitura encampasse uma usina geradora de eletricidade, mas reconhecia necessidade de organizar o fornecimento de água e o serviço de esgoto. Para viabilizar seus projetos, estabeleceu uma parceria com a iniciativa privada, captando recursos entre os empresários locais destinados a uma “Sociedade Anônima”. Conseguiu também, por meio da Câmara, (lei n.º 314, de 8 de abril de 1914), autorização para solicitar, ao governo estadual, recursos para executar melhoria...

Bandeira de Uberaba

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O “Escudo do Município” foi criado, em 1928, pelo Presidente da Câmara e Agente Executivo, Dr. Olavo Rodrigues da Cunha, e o autor foi Dr. Afonso D’Escragnolle Taunay, diretor do Museu Paulista e apresenta as seguintes características: um escudo redondo, português, encimado pela coroa mural, distintivo das cidades. Em campo vermelho, uma faixa de prata no início do escudo, simboliza o rio de águas brilhantes, o Y-berab, uma das prováveis procedências do nome de Uberaba. Uma asna, também de prata, conjungada à faixa, deixa no campo do escudo uma área irregularmente triangular que simboliza o Triângulo Mineiro e onde se estampam cinco estrelas de prata, postas em aspa, das quais a do centro, é a maior e uma coroa de príncipe no alto, próxima ao vértice da asna. Simbolizam as cinco estrelas as principais cidades da região do Triângulo Mineiro e a maior recorda a primeira de Uberaba. Quanto à coroa de príncipe, rememora ela a antonomásia secular atribuída a Uberaba: “Princesa do Sertão”. ...

LEITURAS INTERESSANTES

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Uberaba Dois Séculos de História (dos antecedentes a 1929) Guido Bilharinho nasceu no Distrito de Jubaí, município de Conquista. Cursou Direito na Faculdade Nacional de Direito, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e trabalhou na editora José Aguilar. É reconhecido como um dos ativistas culturais mais importantes de Uberaba, pois além de já ter presidido a Academia de Letras do Triângulo Mineiro, é pesquisador, escritor e coordena o Instituto Triangulino de Cultura. O autor explica “conquanto o título, o presente livro não é história, não obstante a matéria de que é feito o seja. História, como se sabe se propala, é ciência, que pressupõe, antes de tudo, acesso, estudo e análises das formas primárias (documentos originais, notadamente) e articulação contextualizada dos fatos e acontecimentos em suas causalidades, condicionantes, inter-influências, identidades e conflitos internos, vinculações extrínsecas e intercomplementariedades para atingir um sentido e captar s...

ORIGENS DE UBERABA

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A região do Triângulo Mineiro começou a ter importância quando a bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva Filho (filho de Anhanguera) saiu de São Paulo, em 1722, e passou por aqui. Em 1766, foi criado o Julgado do Desemboque, local rico em minas de ouro, que teve seu esplendor até 1781. Para dinamizar a administração dos Sertões, Antônio Eustáquio da Silva Oliveira (natural de Ouro Preto) foi nomeado para a função de Comandante Regente dos Sertões da Farinha Podre (Triangulo Mineiro). Por volta de 1811-1812 construiu sua residência na cidade e um grande número de pessoas migraram para cá, estimuladas pelas condições geográficas propícias e também pelo prestígio e segurança que Major Eustáquio oferecia. Em 1818, ergueu-se a capela de Santo Antônio e São Sebastião. (Foto:1880). 1820 – O Rei D. João VI, por meio de um decreto datado de 02 de março, eleva o povoado à Freguesia de Santo Antônio e São Sebastião. Isso representava, segundo a estrutura colonial, a institucionalização da vida das...

CATÁLOGO PARA ESTUDO DA ESCRAVIDÃO EM UBERABA

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João Eurípedes de Araújo, pesquisador e responsável pelo acervo fotográfico do Arquivo Público de Uberaba, participou do Encontro Regional de História de 2008, na Universidade Federal de Minas Gerais, abordando o tema “Escravidão”. A partir de suas experiências em trabalhar com a pesquisa em fontes primárias e utilizando a vasta documentação pertencente ao acervo do Arquivo Público, João mostrou aos participantes parte dos registros relacionados à escravidão. Além disso, falou sobre o teor desses documentos e de como eles revelam que as relações entre senhores e escravos, pautadas pela dominação, mesmo após a alforria, foram mantidas. Presentes no evento, vários historiadores e estudiosos do assunto, de várias regiões do Brasil, “...ficaram maravilhados e espantados com a riqueza e a quantidade de documentos, até então, para muitos, desconhecidos.”, afirma o hsitoriador. A boa notícia é que, em breve tudo isso estará disponível para pesquisadores de Minas e demais estados, por meio do...

LANÇADO LIVRETO "20 DE NOVEMBRO DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA"

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No mês de novembro, geralmente, intensifica-se, no Arquivo Público de Uberaba, a procura por documentos relacionados à escravidão. A obra foi lançada, neste ano, no Dia Nacional da Consciência Negra, na sede do Arquivo Público, com a presença do secretário, diretoras de escolas e creches municipais e representantes do movimento negro. O cuidadoso texto do pesquisador e responsável pelo acervo fotográfico do Arquivo Público de Uberaba, João Eurípedes de Araújo, versa sobre diferentes aspectos relacionados ao tema, abordando desde os primórdios da escravidão de negros vindos da África, o tráfico transatlântico, os quilombos, a questão de titulação de terras para descendentes quilombolas e a presença desses grupos na região, até os registros sobre a vida de Zumbi dos Palmares. Além disso, o documento também enfoca a questão da resistência e o que se faz atualmente em relação à consciência negra. O Arquivo Público de Uberaba guarda e preserva riquíssimo acervo relacionado à escravidã...